Depois que cheguei em casa, falei rápido com meu pai e fui pro meu quarto. Tomei meu banho e me arrumei, enquanto esperava pelo Joe, fiquei estudando matemática. Por incrível que pareça, eu gostava de matemática, eu tinha muita facilidade pra entender.
Nem vi as horas passarem, quando percebi, a campainha já estava tocando, era o Joe. Fechei meu livro e desci as escadas, fui atender só que meu pai já tinha atendido. Eles estavam conversando no sofá, dava pra perceber que o Joe estava nervoso. Não me admirou! Meu pai nunca gostou de skates e violão, mas o Joe levou o papo numa boa.
Depois de conseguir tirar o Joe do sofá da minha casa, fomos lá pra fora.
Joe: Seu pai é sempre assim?
Demi: Sim, você não se lembrava dele?
Joe: Não desse jeito. Já que você vai, eu peguei o carro da minha mãe, vamos?
Demi: Não, vamos com meu carro. Prefiro evitar confusão.
Joe: Não vai dar confusão. Vamos!
Entramos no carro da mãe dele e fomos até a pista. Quando chegamos lá, tinham uns garotos mais novos andando de skate, o Joe não quis entrar, preferiu esperar os garotos saírem. Eles não demoraram muito, depois que eles saíram, o Joe subiu.
Demi: Cuidado pra não cair.
Joe: Não vou!
Ele desceu com o skate, naquela rampa enorme. Fiquei assustada com a altura e o Joe não usava capacete, não usava joelheira, não usava nada.
Joe: Olha só essa Demi!
Ele deu uma pirueta e quando foi girar no ar, não conseguiu se virar a tempo e caiu de joelhos. Fui correndo até ele, eu disse pra ele ter cuidado e ele faz isso.
Demi: Você ta bem?
Joe: Aaah!
O Joe jogou o skate longe, mas continuou deitado no chão.
Joe: Ta ardendo pra caramba!
Demi: Você não tem nenhum remédio no carro não?
Me sentei no chão ao lado dele. Ele estava ofegante, eu imaginei que estava sentindo muita dor. Os joelhos dele sangravam muito.
Joe: Não sei, o carro é da minha mãe.
Demi: Mulher sempre tem alguma coisa. Me da à chave.
Ele tirou a chave do bolso e eu fui até o carro. Abri a mala e peguei o kit que tinha perto do step. Voltei até onde ele estava e fiz um curativo nos seus joelhos.
Demi: Ainda ta ardendo?
Joe: Sim.
Demi: Eu disse pra você tomar cuidado.
Joe: Isso nunca aconteceu. Não ia adivinhar que ia acontecer hoje.
Demi: Só porque nunca aconteceu, não quer dizer que não vai acontecer nunca.
Joe: O que?!
O Joe riu da besteira que eu falei. Acho que a esse ponto ele já deve ter até esquecido da dor.
POV Demi OFF
POV Joe ON
Arranhei os dois joelhos, mas a Demi deu um jeito, a dor passou um pouco, mas mesmo assim ainda estava ardendo. Depois que saímos da pista, fomos andar um pouco na areia molhada da praia. Já era um pouco escuro, não estava mais tanto calor e a água estava morna.
Nós caminhávamos em silêncio, não falamos nada o caminho todo, isso era meio estranho porque nós sempre conversávamos muito antigamente, agora, parece que ela tem medo de mim, sei lá.
Comecei a “chutar” água nela pra quebrar o gelo e ela começou a gargalhar, eu amo essa risada dela, é única, nem que alguém quisesse conseguiria imitar. Ela começou a jogar água em mim também.
Demi: Ai, Joe! Para!
Ela colocou as mãos no rosto, eu entrei em pânico, não tinha nem ideia do que estava acontecendo. Parei de chutar e me aproximei dela tirando suas mãos de seu rosto.
Joe: O que foi?
Demi: Entrou areia no meu olho.
Joe: Desculpa. Sério, me deixa ver.
Soprei devagar o olho dela, tentando tirar à areia.
Joe: Melhorou?
Demi: Sim, obrigada!
Eu a abracei pela cintura e ela retribuiu o abraço. Me aproximei lentamente dos seus lábios e os beijei.
Eu sabia que ela não ia querer nunca ficar comigo, claro. Que garota quer ficar com o seu melhor amigo de infância? Mesmo assim, não pude me controlar apenas a beijei como se nada mais importasse.
O que mais me surpreendeu foi que ela não me empurrou ou alguma coisa do tipo, ela apenas me beijou de volta. Ficamos alguns minutos nos beijando até que ela interrompeu.
Demi: Desculpa!
Joe: Não. Eu que devia ta me desculpando, você não teve culpa.
Ela ficou em silêncio, acho que ela ficou meio constrangida com o momento, não sei bem.
Joe: Você... Éeeerhh... Quer água de coco?
Demi: Quero sim.
Fomos até o quiosque e eu paguei um coco pra ela.
Demi: Joe... Posso te perguntar uma coisa?
Joe: Claro, o que foi?
Demi: Você superou mesmo a queda que você tinha por mim?
Joe: Eu não tenho mais certeza.
POV Joe OFF
POV Demi ON
Meu coração gelou quando o Joe me beijou na praia, eu queria aquilo, mas ele disse que tinha me superado por isso fiquei insegura. Por isso perguntei isso agora e ele me da essa resposta, como assim?! Eu não posso viver com isso. Preciso ter certeza.
Demi: Aaah...
Voltei a tomar meu coco e quando terminei, voltamos pro carro e o Joe foi me levar em casa.
Demi: Joe, você lembra que jogou o seu skate longe quando você caiu?
Joe: Aah cara! Eu esqueci meu skate lá. Droga!
Comecei a rir. O Joe não tinha mudado tanto, continuava relaxado com as coisas dele.
Joe: Deixa pra lá, eu tenho outro skate.
Ele estacionou o carro na frente da minha casa.
Joe: Te vejo amanhã?
Demi: Com certeza.
Eu sorri e ele piscou pra mim. Quando eu estava soltando o cinto e abrindo a porta, o Joe me chamou.
Joe: Demi!
Demi: Oi?
Ele foi se aproximando lentamente e me beijou de novo, ainda tentei virar o rosto, mas eu não queria. Quero dizer, eu não queria beija-lo, mas o seu beijo era tão bom que não tive vontade de deixar passar.
Retribui e depois separei com um selinho.
Joe: Até amanhã.
Demi: Até!
Sai do carro e entrei em casa. Nossa! Já eram 11 e meia da noite. O tempo passou muito rápido hoje. Meu pai ainda estava acordado, ele me esperava no sofá.
Eddie: Onde você foi?
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Pequeno mistério pra vocês haha. Não me odeiem por isso.
Então... Espero que tenham gostado. Eu disse que ia ficar bom haha (:
Beijos, até amanhã ;)
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